segunda-feira, 9 de maio de 2011

"Hoje é Dia de Marilza"

A história que resolvi trazer a público é bem proxima e acompanhada por mim há muito tempo. Porém devido ao agravamento dos fatos resolvi compartilhar com mais pessoas na esperança de que possa conseguir ajuda.





Marilza, tem 39 anos, é mãe de três filhos (20, 16 e 13 aproximadamente), e avó de um menino de 1 ano. Há anos luta contra as adversidades da vida, e no caso dela estas são inúmeras.

Marilza veio para Volta Redonda - RJ de uma cidade rural do interior do Espírito Santo depois de se casar. Depois de um tempo, ela descobriu as inúmeras traições do marido, que começou a ser relapso com a família, a não sustentar mais a casa, que a propósito ainda está inacabada e é cedida por parentes dele, que chegou a praticamente morar com outra mulher por um tempo.

Ela que já trabalhava fazendo “bicos”, pois sem ter escolaridade não tinha muitas opções, teve que se empenhar ainda mais. Marilza trabalhou como diarista, acompanhante, faxineira... Mas na grande maioria das vezes não recebia o pagamento pelo serviço que prestava, quando recebia era muito menos do que merecia.

Ela chegou a trabalhar um mês como doméstica, lavando, passando, cozinhando, limpando e ainda cuidando de um idoso doente e com problemas mentais, todos os dias da semana, por quase todo o período do dia para receber R$ 200. Incontáveis pessoas se aproveitaram de sua boa fé, ingenuidade e simplicidade. Em um dos últimos trabalhos, ela estava acompanhando um senhor no Hospital São João Batista, ia à pé do bairro Retiro a Colina e pela manhã voltava também à pé (uma distancia significativa, percurso que consome no mínimo uma hora à pé). Depois de semanas de noites mal dormidas e dias exaustivos, já que ela não dispensava os “bicos” que apareciam na parte da tarde, ela foi dispensada sem sequer ser informada, simplesmente chegou para ficar com o idoso e ele havia recebido alta.
Neste dia presenciei um dos episódios mais tristes da vida dela. Ela chegou até minha casa e chorando sentada a mesa da cozinha disse que quando estava voltando do hospital e passando pela passarela parou sobre a ponte e pensou em se suicidar.

Marilza por diversas vezes teve sua luz e água cortadas, até pouco tempo atrás não tinha geladeira. Foram incontáveis as vezes que ela ficou sem nada em casa pra comer, as vezes que seus filhos faziam as refeições na minha casa.
A filha de 16 anos engravidou aos 14, perdeu o bebê e depois engravidou novamente aos 15; teve uma gestação de risco, hemorragia, sangramentos, teve que ser acompanhada de perto por médicos, chegou a ficar internada, fato que por um período impediu Marilza de trabalhar e a fazia ir constantemente ao hospital à pé por não ter dinheiro nem pra passagem.

Sua filha só conseguiu levar a gravidez até o fim porque contou com a ajuda de terceiros que doavam leite, mantimentos, remédios etc. Depois do nascimento do bebê, outra batalha: o sustento da criança. Demorou um tempo até que a jovem revelasse o nome do pai do menino, e só há pouco tempo ele começou a arcar com algumas despesas.

Como se não bastasse a situação de precariedade e todas as dificuldades e maldades a que ela foi submetida, há poucos anos Marilza descobriu estar com sífilis, teve que arcar com uma medicação cara e se submeter a um tratamento doloroso sem deixar de trabalhar. Há pouco tempo descobriu que tem um mioma e necessita de operação. Há uns meses caiu enquanto trabalhava, ficou com os dentes amolecidos e por não ter condições de fazer um tratamento odontológico agora está perdendo os dentes, um da frente inclusive já caiu.

Parece muito mas não é ainda tudo. No ultimo domingo (30 de abril), Marilza começou a sentir fortíssimas dores de cabeça, desmaiou na porta do hospital, não teve nem tempo de entrar. Ficou internada no CTI, e após ser submetida a exames os médios constataram que ela havia tido um aneurisma. E como se isso não fosse pouco, foi detectada também diabete emocional que elevou a taxa de glicose dela para 600. No dia que deu entrada no hospital ela tinha acabado de receber R$ 30 por uma faxina, era todo o dinheiro que ela tinha para passar tempo indeterminado, dinheiro este que foi perdido no momento do socorro. Fato contato por ela às lágrimas.

Acompanhei o sofrimento dessa guerreira por anos da minha vida pelo fato dela ser amiga da minha mãe desde que eu era ainda criança. Minha família ajuda no que pode. Nas festas como Natal, Páscoa, Ano Novo, sempre tivemos a presença dela já que ela nunca teve condições de festejar estas datas dignamente. Em muitas ocasiões ela não tinha absolutamente nada em sua dispensa.

Marilza é uma pessoa como poucas, batalhadora ao extremo, íntegra, ingênua de tão simples, de bom coração e caráter, além de muito querida.

Diante do agravamento da situação resolvi utilizar todos os meios que possuo para pedir ajuda.
Marilza precisará tomar insulina e fazer uso de alguns medicamentos. Necessita também de alimentos, materiais de higiene pessoal, roupas e roupas de cama.

Toda e qualquer ajuda será muito bem vinda. Portanto que puder e quiser ajudar de alguma forma, seja com R$ 1,00, 1kg de feijão ou um litro de leite pode entrar em contato comigo através do e-mail: andressavr@gmail.com.




"Ajudai-vos uns aos outros a carregar os vossos fardos, e deste modo cumprireis a lei de Cristo". (Gálatas 6,2)

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